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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Poesia - (Sem nome)

De todas as minhas composições, esta talvez tenha sido a mais "inspirada", e ainda assim é bem curta.

O contexto é um misto de coisas: ano de 2007; vários meses depois de me formar, eu finalmente consegui alugar um consultório odontológico para trabalhar. E após três meses, tinha atendido UMA única paciente. Aluguel de R$200,00/mês e uma entrada única de R$70,00. Calculem o que se passava na minha cabeça! Além disso, eu estava aproveitando as extensas horas vagas para estudar para um concurso público.

Fim de contexto, esta é a obra.

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Não consigo conceber que eu seja o sujeito de minha própria vida
Sinto-me como nada mais do que um objeto
Indiretamente ligado a meus poucos predicativos
Falta-me o poder da regência
Um hífen me separa da infinitiva alegria que desejo
E narro cada dia dessa diminutiva existência
Como uma oração reduzida, subordinada a um sujeito inexistente


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Um comentário:

  1. Sem palavras.....parabéns você continua escrevendo lindamente. Nunca pensou em escrever um livro????? Pense nisso.Bjs da sua eterna amiga
    Ane Micol

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