O passado está escrito
Em páginas rasgadas
todavia, guardadas
E quando o vento sopra na estante
Ficam no chão espalhadas
E não há como deter
Pois é triste rever
Mas o temor me compele
Força-me a recolher
Momento doloroso, invasivo, aquele em que passo a ler
Memórias de decepções
tristezas, brigas, desilusões
Momentos infantes ou anciões
Lágrimas ao telefone
Hipérboles em ligações
Será esta a razão
Que me força, aqui sentado
No vício ou preguiça algemado
Negando o dever programado
A compor lamentação?
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