O PRIMEIRO DE UM ANO
Nos azulados olhos do anjo da tormenta
Por trás, os raios da dúbia luz
Apontam a via que o presente inventa
"Quem vem de lá de onde finda o mundo
Tomando o vento por veloz transporte?"
"Às tuas incertezas me apresento
Do futuro, sou previsão de alguma sorte
Se me crês, talvez vejas o horizonte
Pelo inverso, há de ter logo com a morte
Sem fé, não há vida que eu sustente
Com fé, os teus sonhos fortaleço
O amanhã, mesmo o sendo, desconheço
Sou sinal, só te aponto onde está o norte
Aos que crêem no bem eu favoreço
Vem a mim sem receio, sê forte!"
E dito isso, uma canção se fez ouvida
Na descida de cerros abençoados
Trezentos e sessenta e seis anjos contados
Anunciando que o caminho é só de ida
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