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domingo, 29 de janeiro de 2012

Poesia - À Deriva

À Deriva

Sigo sozinho no mesmo barco
Sou capitão, marinheiro e timoneiro
Iço as velas, limpo a proa, tomo os remos
Sou pescador, velejador,
corsário, pirata

Sigo só num mar revolto,
sem astrolábio, mapa, bússola,
envolve-me a neblina e não vejo as estrelas
Sigo só e, então, perdido

Num barco fantasma
Em direção à queda do mundo

Sigo só

E o frio aumenta, o vento sopra,
perdem-se as velas, quebram-se os remos
E, lutando contra o mar

Sigo.

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