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domingo, 13 de julho de 2014

Poesias - Escuro Infinito & Sentido Vago

 Escuro Infinito

No mais escuro dia
Onde você não existia
Não havia luz brilhante
Pra me lembrar que houve um dia

Sorrindo como um palhaço
Escondendo meu cansaço
Caminhei pelo asfalto contando cada passo
Feito um zumbi perdendo pedaço a pedaço
Tornando mais longo o caminho pra me fazer de aço

Cheguei ao ciclo do infinito
Sem emitir um grito
Mas por olhar pra trás me vi aflito
E deixei cair o que se fez um mito

Misturei memórias
Confundi histórias
Fingi que havia medalhas de glórias

Sentido Vago

Eu sinto à volta uma casa abandonada
Assombrada por silenciosos fantasmas
Mesmo eles me deixam só
Quando mais quero seu gélido contato

Eu sinto um sonho que não me abandona
Que me alucina em sua repetição
Mas não pode mudar essa ilusão
De respirar, de tentar, de falhar

Eu sinto o olhar como o de um dragão
E o fogo se consome em seu rancor
Mas eu não quero seu tesouro
E já lhe mostrei meu coração
Pra que me poupasse a dor

Eu ouço a esperança me dizer adeus
E me conta o que não quero saber
E insiste em que devo esquecer
E me larga nos braços de Deus
Onde me resta o torpor

Eu vejo a luz dos cometas
Tão distantes de meu chão
E sei que não posso, simplesmente
Implorar-lhes que me deem razão
Ou que me emprestem amor
 

segunda-feira, 17 de março de 2014

Poesias - Sounds like poetry & Fim de carnaval

Sounds like poetry

What is it I need
Like a mouth to feed?
An animal, one breed
A mind!

Buried dreams of past
Found the truth at last
Burn out in this blast
The fact!


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Fim de carnaval

A minha escola de samba
Passou sozinha no asfalto
Sem nenhuma alegoria
Ainda assim sonhou alto

Escondeu a bateria
Em brumas de noite fria
Pra não se ouvir o tambor
Que no silêncio morria

E se perdeu a passista
Chorava a porta-bandeira
De tristeza assaz ligeira
E assim cantou samba-enredo

Deixou o lugar mais cedo
Pra inspirar serenata
Sobre uma dor que não mata
Tampouco some de vista